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A quadra ficou vazia!!! |
Amigos, lendo os comentários que foram postados esta semana, fiquei surpreso com o calor dos debates e muito feliz em ver colocação tão lúcidas e ricas em conteúdos(Layza, Wellington e Cláudio); uma delas me chamou muito a atenção no qual peço a permissão para colocá-la na íntegra.
"Prezados, boa tarde! O futsal de base de Pernambuco, hoje, é referência nacional devido aos títulos conquistados recentemente pelas seleções e clubes do nosso estado. Essas vitórias são graças ao bom trabalho que vem sendo feito pela FPFS (contém falhas que acredito serem corrigidas) e pela qualidade dos profissionais que estão a frente de suas agremiações. O que se lê aqui não condiz para o status que o nosso futsal alcançou.
Acredito ser de fundamental importância a competitividade para a formação do atleta. O grande problema é a forma e o nível de exigência que essa competitividade é passada aos nossos pequenos. Aos que dizem entendido de futsal, um bom profissional não é aquele que mais vence ou que mais títulos conquistou. Um bom profissional é aquele que, primeiramente, respeita a maturação das crianças envolvidas; que não abdica do desenvolvimento da capacidade de jogo em prol da necessidade de um título.
Vejo excelentes profissionais no Sport, Santa Cruz, Barão, Náutico. O que diferencia é a "matéria prima existente" em cada clube. Como falei acima, a rivalidade anda atrelada ao esporte de rendimento. O que não pode acontecer são os pais transferirem suas frustrações como aletas para a nossa meninada. Seria bom uma reflexão sobre isso.
Abraço a todos.
3 comentários:
Caro Marcos este depoimento mostra toda a frieza em que nós vivemos em nossas quadras, mais te digo, tive que aprender da maneira mais difícil, e foi através de uma criança de 11 anos que me ensinou, numa certa vez exercia uma pressão enorme sobre ele, cobrando atuações maravilhosas.
Certo dia em uma semi final, fui conversar com ele como era de praxe, tal foi minha surpresa, palavras dele: "PEÇO QUE NÃO FALE NADA, SEI O QUE ESTOU FAZENDO, E O PROFESSOR ESTÁ NA QUADRA PARA ME ORIENTAR" a partir deste momento (quem me conheceu antes e me conhece agora) deixo ele bem avontade e, só aplaudo suas jogadas, certas ou erradas, por que sei que a decisão foi dele.
Essa frase foi de meu filho que me ensinou que ele ainda é CRIANÇA.
Claudio Gomes
O melhor post de todos; Todos os pais, treinadores e adultos que de alguma forma participam do NOSSO futsal de base deveriam por um dever a consciência,ler tais palavras. Ser vencedor é mais que ganhar medalhas, ser vencedor é mais que ser campeão, ser vencedor é mais que fazer um gol, nesse caso a ordem dos fatores altera sim o produto, ser vencedor vai de dentro para fora da gente, ser campeão pode-se unica e exclusivamente ir de fora, e nem chegar a parte de dentro, a nossa essência! a nossa parte mais importante. Em pouco mais de um ano, não fui campeão de nada ainda(pode ser que seja e por ser que não), e sofro as consequências disso no dia a dia do trabalho, porém acredito que tenha conseguido um pouco mais que isso, talvez não valorizado, mas bem satisfeito pelos resultados, parabéns a todos que fazem parte do nosso futsal, e que de uma forma honesta e sensata contribuem para a melhora do mesmo.
Este post é muito bem colocado e num momento oportuno também. O esporte ensina a criança a ter disciplina, trabalhar em grupo e desenvolver habilidades motoras. A cobrança de resultados rápidos muitas vezes faz com que a criança pule etapas da vida que lá na frente, na fase adulta, será prejudicial. Alguns pais não entendem porque se exige de um treinador o curso de educação física. Em times amadores o treinador faz as vezes de preparador físico, treinador, psicólogo de crianças e muito mais. Ele tem que saber lidar com as limitações físicas das crianças e com isto desenvolve-las da melhor forma possível. O resultado disto tem um prazo natural que muitas vezes se exige que seja antecipado em busca de resultados(títulos.) Crianças que não conseguem antecipar etapas são desprezadas. Muitas veses se tornam frustradas por não conseguirem. Temos que respeitar os limites das crianças e tratá-las como tal.
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