quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Sub-7 do Flu Levanta questão sobre o limite de pequenos atletas no futebol




Matéria muito interessante no site da globo.com(SportTv.com),
abaixo transcrevo na íntegra aos amigos.

"Crianças de até sete anos recebem preparação na base do Tricolor carioca e enfrentam pressão de treinadores e dos pais por rendimentos."



Comissão Técnica do Sub_7, lembra equipe do
Profissional (Foto: Reprodução SporTV)
Uma categoria de base do Fluminense tem levantado discussão sobre a forma como treinadores e pais devem encarar a formação de crianças no futebol. O clube carioca, que conta com uma equipe de jogadores de até sete anos, faz a preparação dos pequenos talentos de forma quase profissional e conta com o apoio de familiares para incentivá-los na busca por vitórias. Em vista das cobranças, psicólogos alertam para riscos do excesso de responsabilidade depositada em jovens atletas (assista ao vídeo).

O importante é incentivar sempre, sem muita cobrança, deixar eles jogarem com muita alegria – afirma Leandro Macial, técnico da equipe sub-7 do Tricolor carioca.

A comissão técnica da equipe, que possui treinador, auxiliar técnico e preparador de goleiros, garante que os limites individuais das crianças são respeitados. Mas há sinais de que a cobrança existe. No intervalo da partida entre Fluminense e Ceará, pela 13ª rodada do Brasileirão 2011, no Engenhão, os pequenos jogadores da equipe deram volta olímpica no estádio para comemorar o primeiro título da categoria.

Eu acho que é igual ao profissional porque é muito puxado e muito difícil de fazer – afirma o goleiro Cailan Rodrigues, sete anos.

A preparação de goleiros é uma das atividades encaradas de forma profissional pela comissão do sub-7 tricolor. O preparador Lucas Almeida conta que o trabalho precoce favorece o futuro do atleta.

Os meninos do sub-7 são selecionados através de peneira. Os treinos ocorrem três vezes por semana em uma quadra de futsal. Para o supervisor técnico Edílson Júnior, a equipe projeta jogadores para as categorias superiores.

- Não tem como formar o goleiro agora, mas tem como fazer os fundamentos básicos para eles ficarem bons, para no futuro eles não terem tantas dificuldades.

- Nosso trabalho aqui é bem lúdico, bem cognitivo, motor, sempre trabalhando esses aspectos. Preparamos eles para que daqui a dois, três anos, eles possam integrar nossas categorias de base em Xerém – diz.

No entanto, Júnior admite a pressão por parte da família sobre as crianças.

- Se eu eu falar que não tem, tem um pouquinho. Os pais estão sempre cobrando um pouco o desempenho, a performance.

O apoio das famílias, principalmente dos pais, é outro fator que incentiva a formação de categorias de base tão jovens. Ronaldo Santos, pai de Tauan, afirma que transferiu ao filho o sonho de sua própria juventude.Para isso, conta com o apoio do avô Alberdan.

- Eu estou fazendo por ele o que meu pai não fez por mim. Eu também tinha um dom, mas não fui feliz, não tive incentivo – afirma o pai.

- Viu o Romário falando, esse é o cara? É igual ao Tauan, ele é o cara. Futuro está aí.

Quem sabe daqui a uns anos nós estamos na arquibancada gritando o nome dele. Tudo vale a pena, vamos ver até onde ele vai chegar – declara o avô.

Apesar da aparente descontração nas atividades do grupo sub-7 e do apoio dos pais, há quem alerte para as consequências da cobrança excessiva sobre as crianças.

A psicopedagoga Andreia Calçada defende outros benefícios além da vitória no esporte e ressalta que transferir aos meninos responsabilidade que não é deles resulta em dar um “tiro no pé”.

- A questão é usar a competição nessa faixa etária para ensinar a lidar com o erro, aprender a lidar com as próprias falhas, que a gente pode aprimorar algumas coisas e outras não. Na verdade, prepara a gente para a vida – afirma.

"- Crianças de seis, sete anos não estão tão ligadas em vencer o outro. Ela quer é brincar, deu, deu, não deu, não deu. Se tirar segundo, terceiro lugar tem que falar que foi muito bem." – emenda a especialista.

Tauan sonha se tornar jogador profissional
(Foto:Reprodução SporTV)


Esta postagem foi enviada por  Flávio Cauponi, pai do Juninho do CT Barão(Sub-11), valeu amigo!!!

Forte Abraço!!!!

2 comentários:

Nairton Severiano disse...

Amigo Marcos, fico muito feliz em ver matérias desse tipo, serve de alerta para alguns "Pais", "Professores" e as "Equipes" que pensam que o garoto já é "atleta profissional". Pressinando o menino para conquistar "títulos", e como sabemos, isso pode frustar a todos no futuro.
Estou muito preocupado com o futuro do nosso futsal, por causa dessa "Pressão por Títulos" e o "Assédio Precoce" aos garotos pelas equipes, esquecendo o primordial "FORMAÇÃO DO HOMEM". Abraços amigo.
"Nossa quadra deve estar pronta para receber nossa garotada na próxima semana!"

Paulo Campos disse...

Mais uma vez surge a questão da precocidade no futebol. A discução é ampla e deve ser levada em conta por todos nós pais, treinadores, diretores, torcedores. São crianças e devem ser tratadas como tal mas, queremos ser campeões e ver nossos filhos/atletas serem campeões. Estamos falando de formação de atletas para o futuro e não imediatamente. Crianças de 5,6,7 e até os 13 ou 15 anos ainda estão em formação e precisam ser tratadas com muito cuidado para não prejudicar o ser humano que ele se tornará no futuro. Vamos tratar nossas crianças como crianças e não como adultos antes do tempo.

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