A CRIANÇA NO ESPORTE DE ALTO RENDIMENTO!!!!

A quadra ficou vazia!!!

 Amigos, lendo os comentários que foram postados esta semana, fiquei surpreso com o calor dos debates e muito feliz em ver colocação tão lúcidas e ricas em conteúdos(Layza, Wellington e Cláudio); uma delas me chamou muito a atenção no qual peço a permissão para colocá-la na íntegra.   

"Prezados, boa tarde! O futsal de base de Pernambuco, hoje, é referência nacional devido aos títulos conquistados recentemente pelas seleções e clubes do nosso estado. Essas vitórias são graças ao bom trabalho que vem sendo feito pela FPFS (contém falhas que acredito serem corrigidas) e pela qualidade dos profissionais que estão a frente de suas agremiações. O que se lê aqui não condiz para o status que o nosso futsal alcançou.

Acredito ser de fundamental importância a competitividade para a formação do atleta. O grande problema é a forma e o nível de exigência que essa competitividade é passada aos nossos pequenos. Aos que dizem entendido de futsal, um bom profissional não é aquele que mais vence ou que mais títulos conquistou. Um bom profissional é aquele que, primeiramente, respeita a maturação das crianças envolvidas; que não abdica do desenvolvimento da capacidade de jogo em prol da necessidade de um título. 

Vejo excelentes profissionais no Sport, Santa Cruz, Barão, Náutico. O que diferencia é a "matéria prima existente" em cada clube. Como falei acima, a rivalidade anda atrelada ao esporte de rendimento. O que não pode acontecer são os pais transferirem suas frustrações como aletas para a nossa meninada. Seria bom uma reflexão sobre isso. 

Abraço a todos.

Por Prof. Educação Física"

Gostaria de acrescentar umas palavras do Prof. Geison  Leandro em seu trabalho sobre a  Especialização Esportiva Precoce. 

Prof. Geison Leandro a esquerda, Manoel a direita.

                

             "Crianças são treinadas para participarem, precocemente de competições onde são direcionadas a um único resultado: a vitória. A pressão exercida pelos adultos, geralmente pais e técnicos, para a obtenção de resultados, pode atrapalhar na evolução bio-psicológica das crianças"

e diz ainda:

  "As crianças não podem ser levadas a um limite de pensamento em que ser o melhor é o que importa, ser campeão é o único objetivo, nem pelas atitudes de alguns pais, que não se importam como irão chegar a esse objetivo.  "

continua...

" A pressão exagerada exercida pelos pais torcedores pode trazer sérios prejuízos para a formação psico-social da criança. Caso essa criança não consiga atingir os objetivos traçados por seus pais, sem qualquer parâmetro norteador, se sentirá humilhado e incapaz, mesmo tendo dado o máximo de si.  "

 .

 .

"O apoio psicológico, ensinamentos de atitudes e valores como disciplina, respeito aos companheiros e ao adversário, compromisso com seu técnico e com sua equipe, responsabilidade, são virtudes a serem enaltecidas quando partirem dos pais das crianças atletas. Mesmo assim, com o devido cuidado de respeitar a condição de criança, e não querer transformá-los em miniaturas de adultos."

Finaliza ....

"Um fato me chamou atenção em uma das competições que presenciei. No terceiro e último dia de competição o nervosismo e agitação de alguns pais já eram notório. Houve um atraso na chegada da arbitragem. Enquanto eu observava o discurso agitado das torcidas, as crianças, de todas as equipes participantes da competição, se aglomeravam na quadra para formar um só jogo de chute a gol. Formou-se uma fila no meio da quadra onde o primeiro chutaria e depois seguiria para a última posição. Na trave um goleiro que se levasse o gol daria o lugar a outro independendo de qual fosse a sua equipe. Então, enquanto os pais mostravam toda sua falta de educação nas arquibancadas as crianças faziam o que são especialistas, brincavam.

  O esporte passa a ser utilizado “(...) demagogicamente, para atender as nossas ambições de técnico, bem como as ansiedades de pais, submetendo crianças a terríveis pressões, fazendo com que poucas se tornem atletas, mas muitas percam a infância”. (NISTA-PICCOLO, 1999, p.10)".

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Existem vários artigos publicados, sobre o tema, disponível na Internet seria muito interessante se nós, pais de atletas-mirins, fizéssemos uma reciclagem sobre nossas atitudes, comentários e postagem.

De minha parte, reconheço que determinadas postagem tem causado polêmicas e criado estes debates, apesar de meu cuidado em não me envolver nestas polêmicas.

Forte Abraço!!!!!